31 janeiro, 2008

Empresário do agronegócio é a p. q. p.


Foi noticiado, nos últimos dias, que o desmatamento da floresta amazônica atingiu proporções alarmantes no final do ano passado. Ao mesmo tempo divulgou-se a versão de que tal desmatamento teria sido agravado pela falta de chuvas. A impressão é que buscavam uma explicação climatológica para um crime causado exclusivamente pela ação do homem.

Logo surgiu uma disputa entre a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o Ministro da Agricultura e Pecuária, Reinholds Stephanes. A ministra atribuiu o desmatamento à ação de grandes latifundiários, produtores de soja e carne bovina, e outras commodities. Já Stephanes procurou defender os seus, dizendo que a culpa era da falta de chuvas e questionou mesmo a confiabilidade dos dados apurados pelo INPE.

Reinholds Stephanes? Esse cara não era da turma do FHC?!?! Ele não corre pelo certo...

Inicialmente o Presidente Lula deu razão ao INPE e à Ministra Marina Silva mas, depois, estranhamente, pressionado sabe Deus por quem, mudou o discurso, soltando mais uma de suas pérolas lulísticas: “pode ser só uma coceira e a gente pensou que era uma doença grave”.

Coceira?!?! Isso só pode ser piada. Nosso Presidente é um fanfarrão!

Vamos analisar. A floresta amazônica é inóspita, fica longe pra diabo de qualquer lugar. Transportar gente, maquinário agrícola e combustível (para por fogo), dá um trabalho danado e custa muito caro. As queimadas ocorreram – os satélites do INPE atestam isso. Quero acreditar que não vivemos um fenômeno de combustão espontânea da floresta, nem que as tribos indígenas tenham decidido fazer um churrasco em escala planetária. Portanto, alguém colocou fogo na floresta. Centenas de focos de incêndio.

Como não há notícia de algum novo esporte radical do tipo “fogo na mata”, podemos dizer que os incêndios – criminosos – foram causados por diversas pessoas, de forma planejada, contando com recursos financeiros suficientes, e, por consequência, tendo em vista um lucro considerável. Ou alguém iria colocar fogo na floresta para ter prejuízo?

Assim, resta apurar: a quem favorece o crime?

É sabido que o chamado agronegócio não tem grandes escrúpulos ambientais. E também que a expensão das áreas de cultivo de commodities e pastagens é acompanhada de grande devastação ambiental. A coisa é simples: para faturar, os latifundiários precisam de grandes extensões de terra, que são mais baratas exatamente na floresta amazônica e, para usarem a área, precisam desmatar.

O Presidente Lula, comovido pela generosidade e espírito cívico dos latifundiários, agora alcunhados de “empresários do agronegócio”, decidiu apoiá-los e relativizar o desmatamento.

Presidente Lula: se existe algo de bom em seu ministério, é a Ministra Marina Silva, reconhecida internacionalmente pela defesa do meio ambiente. Ela está com a razão nessa disputa.

Latifundiário é latifundiário, embora o termo, nos dias de hoje, seja de mau gosto.

Não importa. O nome do bicho é latifundiário. Safado.

“Empresário do agronegócio” é a p. q. p.

Narcopresidentes

O Jornal El Pais entrevistou a ex-apresentadora da televisão colombiana Virginia Vallejo, que foi amante do traficante Pablo Escobar. Virginia acaba de lançar um livro de memórias que esta deixando as autoridades colombianas de cabelo em pé. Ela descreve o relacionamento de pelo menos 25 anos entre o presidente Alvaro Uribe e o narcotráfico na Colômbia. Sem dúvida muito interessante, e estaria ainda disposta a manter judicialmente tudo o que disse.

"Os narcotraficantes prosperaram na Colômbia não porque foram gênios, mas porque era muito barato comprar os presidentes"( Vallejo)

Vallejo menciona três nomes do que ela chama de "narcopresidentes": Alfonso López Michelsen, Ernesto Samper e Álvaro Uribe. O atual presidente foi chefe do Departamento de Aviação Civil na Colômbia (Aeronáutica Civil) na década de 80, segundo Vallejo ele teria facilitado a liberação de licenças para pistas e aeronaves do cartel de Medellín, dentro e fora da Colômbia, em direção aos Estados Unidos.

"Pablo costumava dizer: Se não fosse por esse bendito rapaz, teríamos de nadar até Miami para levar a droga aos gringos. Agora, com nossas próprias pistas, estamos feitos. É pista própria, aviões próprios, helicópteros próprios... Levavam a mercadoria até Cayo Norman, nas Bahamas, quartel das operações de Carlos Lehder, e dali para Miami sem problemas."

O pai de Alvaro Uribe, Alberto Uribe Sierra, era amigo intimo de Pablo Escobar e foi morto em 1983 pela Quinta Frente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Escobar chamava-o de "Alvarito": "Quando as Farc mataram o pai de Uribe, em uma tentativa de seqüestro, Pablo enviou um helicóptero para recolher os restos. O irmão dele, Santiago, estava sangrando muito. Estavam em uma fazenda distante de Medellín, onde não havia helicópteros nem infra-estrutura aeronáutica de qualquer tipo. Pablo deu a ordem de enviar o helicóptero e me contou isso alguns dias depois. Sentiu muito pela morte. Estava muito triste. Me disse: Quem pensa que este é um negócio fácil está muito enganado. É uma enxurrada de mortos. Todos os dias temos de enterrar amigos, sócios e parentes", disse Vallejo.

"O narcoestado sonhado por Pablo Escobar hoje está mais vivo que nunca na Colômbia" (Vallejo)

Fonte: El Pais

Racismo brasileiro e cotas em discussão

A decisão de um juiz que livrou a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) de aceitar alunos negros pelo sistema de cotas, trata-se de mais uma, das dezenas de "provocações" encaminhadas à Justiça brasileira para que derrube, definitivamente, esse avanço nas universidades brasileiras.
A opinião, de Felipe da Silva Freitas, estudante de Direito e membro do Núcleo de Negras e Negros da Universidade Estadual de Feira de Santana (BA), está exposta no artigo que ele escreve sob o título "A Justiça e as cotas raciais", que publico na seção Juventude deste blog.
O estudante considera que a questão das cotas requer discussão mais ampla e que esta deve se dar em cima do especial modelo de racismo que, observa, existe no Brasil. Um sistema "sui generis" porque aqui, acentua Felipe, "não se precisa de um instrumento legal para excluir objetivamente os negros e negras das possibilidades efetivas de emancipação econômica, política, acadêmica e social."Na visão dele, no Brasil, repete-se à exaustão o princípio de que "somos todos iguais, de que vivemos numa sociedade multicultural e de que o cruzamento racial se deu a partir de bases integradoras e complementares, mas na realidade, porém, vive-se num país repleto de iniqüidades raciais e assim passa-se a responsabilizar os(as) negros(as) pela sua própria exclusão, alegando que, se todos são iguais, com as mesmas oportunidades, os que não “progridem” é porque são preguiçosos e ladinos." Leia a íntegra dos pontos de vista expostos no artigo por Felipe em Juventude.
Fonte: site do Ze Dirceu http://www.zedirceu.com.br/

28 janeiro, 2008

Você já acessou o blog Abácoros hoje?

www.abacoros.blogspot.com
"É melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, do que permanecer estático, como os pobres de espírito, que não lutam, mas também não vencem, que não conhecem a dor da derrota, nem a glória de ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito, ao final de sua jornada na Terra não agradecem a Deus por terem vivido, mas desculpam-se perante Ele, por terem apenas passado pela vida..."
Bob Marley.

27 janeiro, 2008

Alexandre Leite Proença

Parabéns Alexandre

O nosso amigo Alexandre Leite Proença do blog Opinião Socialista passou no vestibular do curso de Processamento de Dados da FATEC, a vitória do nosso colega é ainda maior pelo fato de estar a mais de 20 fora das salas de aulas. Alexandre é membro do diretório do Partido dos Trabalhadores, liderança popular no bairro Júlio de Mesquita Filho e ex-assessor da Dep. Iara Bernardi.

Dupla vitória

Parece que o ano começou realmente muito bem para ele, no mesmo dia que recebeu o resultado do vestibular soube também que havia ganho o processo que a Dep. Iara Bernardi movia contra ele, por danos morais.

26 janeiro, 2008

Sorocaba é do Senhor Jesus?

Não!

Esta foi a resposta que o portal do jornal Cruzeiro do Sul obteve numa enquete na última semana para a pergunta "Você concorda com a frase 'Sorocaba é do Senhor Jesus Cristo' no marco religioso na entrada principal da cidade?"

Dos 219 votos na enquete, 119 (54%) foram para o não, outros 86 internautas disseram sim e 14 afirmaram que "tanto faz". Como Sorocaba é um macondo perdido onde impera o conservadorismo, o jornal retirou a enquete do ar, complicando ainda mais a situação.

A polêmica sugiu em 2006 quando os sorocabanos passaram a conviver com um marco que afirma a predileção dos sorocabanos pelo cristianismo, na principal entrada da cidade.

Para muita gente este foi um flagrante desrespeito à diversidade religiosa, afinal, se Sorocaba fosse do "Senhor Jesus" como ficariam os budistas, hinduístas, judeus, muçulmanos, animistas e agnósticos? Apesar de serem minoria não gostaram de ver o poder público mostrar sua preferência por uma religião em detrimento de outras em um Estado que supostamente seria laico.

Afinal, um marco numa praça pública, seja lá quem tenha pago a construção é um monumento oficial.

O que a polêmica que se seguiu mostrou foi que, uma parte da população e o poder público acreditam que a diversidade religiosa se resume ao convívio entre católicos e evangélicos, ignorando assim todas as demais crenças.

Que faz o movimento anarquista!

No Sábado a enquete foi zerada e reiniciada, o jornal afirmou que "(...) a equipe técnica do Cruzeiro do Sul deverá implementar melhorias para tornar o resultado da pesquisa mais claro (...)".

De a sua opinião na nova enquete aqui

24 janeiro, 2008

Um mês


Faz um mês que meu inesquecível amigo Fernando se foi.

Segundo nosso Professor Martinho, "fará uma falta monstruosa ao mundo!".

Mesmo com rápida passagem, deixou-nos maravilhosos pensamentos.

Publico uma de suas poesias.

Ciranda


No topo do morro, por entre as árvores na floresta escura

Isolado da presença e da ausência, sentido a forma crua

Guiado pela voz que clama por resistência

Pelo caminho que se abre pela prece e clemência

E se fecha por minhas costas

Tateando a luz de velas, tropeçando em grandes poças

Onde a alma respira e a razão cala

Onde a gravidade se anula na própria indiferença

E o sentido resplandece na sublime crença




Forças brutas me impelem

Mãos negras que me repelem“Seja forte criança, não pare, anda!

Pois é preciso coragem para continuar a dançar ciranda.

Não olhe para os lados, não se distraia, não vire para trás;

Pois se o medo grita em seu ouvido e a palavra prende na garganta

Fazendo com que o soluço tome o espaço da vontade

E a virtude em escambo pela vaidade

Lembra daquilo que te encanta, já que a saudade é tanta

Realize a obra que lhe é de dever

Para que entenda porque tudo é do jeito que tem de ser”

22 janeiro, 2008

Paulo Teixeira: balanço do mandato

Os relatórios do IPCC sobre as mudanças climáticas, divulgados em 2007, causaram grande impacto na opinião pública em todo o mundo e colocaram o aquecimento global para os governos como uma questão de Estado. Em sintonia com as ações do governo federal, que ganhou destaque nos fóruns internacionais, tomei algumas iniciativas na Câmara dos Deputados como contribuição ao esforço coletivo que está sendo feito para rever padrões causadores dos problemas ambientais. Requeri a criação da Subcomissão de Energia Renovável, Conservação e Reuso de Água, a qual presido hoje; participo também da Comissão Mista de Mudanças Climáticas e da Frente Parlamentar Ambientalista; realizei seminários e audiências públicas sobre fontes de energia limpa; cumpri uma agenda de visitas a centros de pesquisa como a COPPE/UFRJ, PUC-Minas, CEMIG, IEE/USP, UFSC, para me inteirar das experiências dessas instituições na área de energia; apresentei projeto de lei que institui marco regulatório para o setor de energia renovável, uma lei necessária que criará condições para ampliar a participação de fontes limpas na matriz energética brasileira; o PL sobre construções sustentáveis - uma proposta que, entre outros benefícios, estabelece novos padrões de construção para redução do consumo de energia, de água, para que tenhamos no futuro cidades sustentáveis; a Emenda Constitucional que reduz IPI de materiais recicláveis - essa proposição visa estimular a produção de materiais que podem ser reaproveitados, com isso gerar empregos, renda e benefícios ambientais.
Dei continuidade ao trabalho de habitação e política urbana, com o qual mantenho vínculos históricos. Participei da III Conferência Nacional das Cidades um importante momento quando o presidente Lula sancionou a Medida Provisória que permite o repasse dos recursos do Fundo Nacional de Interesse Social (FNHIS), para associações e cooperativas de habitação popular; apresentei projeto de lei que institui o Dia Nacional da Reforma Urbana (primeira segunda-feira de outubro, Dia Mundial do Habitat); participei do debate sobre o projeto de lei que trata do parcelamento do solo urbano. Essa iniciativa estabelece as normas urbanísticas e ambientais para o parcelamento do solo urbano, introduz parâmetros para a regularização fundiária de assentamentos formais, inclusive nos casos de ocupação das Áreas de Preservação Permanente, o que permitirá trazer para a legalidade inúmeras moradias; ajudei a criar e fui eleito presidente da Frente Parlamentar pela Reforma Urbana; e estive na reunião do Comitê Político de Conselheiros da Aliança das Cidades, na Tunísia, uma coalizão global de cidades comprometidas com a redução da pobreza.
Nas áreas de Comunicação e Comércio Internacional, apresentei projeto de lei sobre convergência das mídias - estamos vivendo o início de um ciclo de profundas mudanças nas tecnologias de comunicação que precisam de regras claras para baratear o custo da TV a cabo, intensificar os investimentos da banda larga, e proteger a identidade cultural nacional; defendi a iniciativa do governo de criar a TV pública; apresentei projeto sobre software livre, que estabelece financiamento para produção de programas de códigos abertos, uma reivindicação de setores do movimento da sociedade da informação que representa um passo importante na conquista da independência do poderio de mega empresas como a Microsoft; organizei reunião com representantes de vários ministérios que culminou com a mudança da posição do Brasil em relação à adoção do sistema Open XML, defendido pela Microsoft, no Iso International; projeto sobre retaliação cruzada – um importante instrumento que o Brasil ainda não dispõe, que muito ajudaria nas negociações comerciais no âmbito da Organização Mundial do Comércio.
Em relação aos direitos humanos e à saúde, gostaria de ressaltar o projeto sobre população em situação de rua – este altera a lei de licitações obrigando a empresa vencedora a admitir trabalhadores que se encontram em situação de rejeição absoluta pelo mercado de trabalho. Um projeto de grande alcance social; fui também relator do projeto de lei que institui o dia 17 de maio como Dia Nacional de Combate à Homofobia; apresentei requerimento, juntamente com o deputado Pedro Wilson, PT-GO, para realização de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, a fim de debater a quebra de patentes de medicamentos destinados ao tratamento de HIV/AIDS e ajudei a criar a Frente Parlamentar em HIV/AIDS, da qual faço parte como Secretário.
No plano político, participei do debate do III Congresso do PT com a defesa de três propostas: Código de Ética, Antecipação do PED e Constituinte Exclusiva para Reforma Política. No debate da reforma política, apresentei a proposta de lista de votação, chamada “lista flexível” em contraposição à proposta de “lista fechada” cujos eleitores não mais elegeriam individualmente seus candidatos a vereador, deputado estadual e federal, mas votariam em listas previamente ordenadas pelos partidos.
Apresentei emendas ao orçamento destinando recursos a várias entidades do Estado de São Paulo que trarão benefícios em áreas diversas como saúde, educação, cultura, direitos humanos e defendi no fórum da bancada paulista a destinação de emendas ao orçamento para construção de obras viárias que irão melhorar muito o tráfego na Grande São Paulo. Portanto, eis um breve panorama do que foi meu primeiro ano de mandato.

20 janeiro, 2008

A Bíblia da Dra. Laura

Laura Schlessinger é uma personalidade do rádio americano que distribui conselhos para pessoas que ligam para seu show.

Recentemente ela disse que a homossexualidade é uma abominação de acordo com Levíticos 18:22 e não pode ser perdoada em qualquer circunstância. O texto abaixo é uma carta aberta para Dra. Laura, escrita por um cidadão americano e também disponibilizada na Internet.

Cara Dra. Laura:

Obrigado por ter feito tanto para educar as pessoas no que diz respeito à Lei de Deus. Eu tenho aprendido muito com seu show, e tento compartilhar o conhecimento com tantas pessoas quantas posso. (...) Mas eu preciso de sua ajuda, entretanto, no que diz respeito a algumas leis específicas e como seguí-las: Quando eu queimo um touro no altar como sacrifício, eu sei que isso cria um odor agradável para o Senhor (Levíticos 1:9). O problema são os meus vizinhos. Eles reclamam que o odor não é agradável para eles. Devo matá-los por heresia?

Eu gostaria de vender minha filha como escrava, como é permitido em Êxodo 21:7. Na época atual, qual você acha que seria um preço justo por ela?


Eu sei que não é permitido ter contato com uma mulher enquanto ela está em seu período de impureza menstrual (Levíticos 15:19-24). O problema é: como eu digo isso a ela? Eu tenho tentado, mas a maioria das mulheres toma isso como ofensa.

Levíticos 25:44 afirma que eu posso possuir escravos, tanto homens quanto mulheres, se eles forem comprados de nações vizinhas. Um amigo meu diz que isso se aplica a mexicanos, mas não a canadenses. Você pode esclarecer isso? Por que eu não posso possuir canadenses?


Eu tenho um vizinho que insiste em trabalhar aos sábados. Êxodo 35:2 claramente afirma que ele deve ser morto. Eu sou moralmente obrigado a matá-lo mesmo?

Um amigo meu acha que mesmo que comer moluscos seja uma abominação (Levíticos 11:10), é uma abominação menor que a homossexualidade. Eu não concordo. Você pode esclacer esse ponto?

Levíticos 21:20 afirma que eu não posso me aproximar do altar de Deus se eu tiver algum defeito na visão. Eu admito que uso óculos para ler. A minha visão tem mesmo que ser 100%, ou pode-se dar um jeitinho?

A maioria dos meus amigos homens apara a barba, inclusive o cabelo das têmporas, mesmo que isso seja expressamente proibido em Levíticos 19:27. Como eles devem morrer?

Meu tio tem uma fazenda. Ele viola Levíticos 19:19 plantando dois tipos diferentes de vegetais no mesmo campo. Sua esposa também viola Levíticos 19:19, porque usa roupas feitas de dois tipos diferentes de tecido (algodão e poliester). Ele também tende a xingar e blasfemar muito. É realmente necessário que eu chame toda a cidade para apedrejá-los (Levíticos 24:10-16)? Nós não poderíamos simplesmente queimá-los em uma cerimônia privada, como deve ser feito com as pessoas que mantêm relações sexuais com seus sogros (Levíticos 20:14)?

Eu sei que você estudou essas coisas a fundo, então estou confiante que possa ajudar. Obrigado novamente por nos lembrar que a palavra de Deus é eterna e imutável.

Seu discípulo e fã ardoroso.

17 janeiro, 2008

A ideologia, o pragmatismo e o Psol.

Segundo meu Dicionário Compacto de Língua Portuguesa, a palavra ideologia se refere ao conjunto de convicções acerca de uma doutrina.
Ainda no mesmo dicionário, busquei a definição de pragmatismo; transcrevo na íntegra: "Doutrina de Charles de Sanders Peirce, filósofo americano (1839/1914), cuja tese fundamental é que a idéia que temos de um objeto qualquer nada mais é senão a soma das idéias de todos os efeitos imagináveis atribuídos por nós a esse objeto, que possam ter um efeito prático qualquer; consideração das coisas de um ponto de vista prático".
O PT foi muito criticado por companheiros que hoje habitam o Psol, argumentando que o partido vinha adquirindo posturas excessivamente pragmáticas, sob determinados assuntos polêmicos, lançando mão, inclusive, de convicções ideológicas.
Quando do surgimento do Psol, alguns petistas entendiam que estes companheiros se utilizavam de discurso ideológico para justificar a ação pragmática de fundar um novo partido e se consagrarem como bastiões da moralidade da esquerda brasileira.
Não nos esqueçamos que o nascimento do Psol se deu em profunda crise petista, com a denúncia de mensalão no governo e uma ofensiva truculenta, desleal e perversa da direita brasileira. Posteriormente, o Presidente Lula se reelegeu, o PT elegeu elevado número de governadores e saiu fortalecido, tendo sua primeira derrota política recentemente, com a derrubada da CPMF.
Pois bem, assistindo ao telejornal da TV Tem, observei que o Prefeito de Jundiaí, Ary Fossen, do PSDB, apresentou projeto à Câmara para desapropriação do prédio onde funciona o Hospital da Unimed, a fim de que se transformasse em Hospital Público.
Chávez e Morales, tempos atrás, também estatizaram algumas estruturas. Sofreram críticas duras da direita brasileira e mundial. Apenas o PT e os demais partidos de esquerda o defenderam.
Em Jundiaí, a proposta foi aceita por 14 (inclusive os do PT) dos 15 vereadores, tendo uma abstenção.
Vale ressaltar que o instituto da abstenção é um instrumento legítimo na democracia, e conhecido como "voto do meio".
Assustei-me quando soube que a abstenção surgiu de um vereador do Psol: Claudio Miranda.
Dizia ele que a medida tinha cunho eleitoreiro e que não podia tolerar.
Mais adiante, a notícia dizia que Claudio Miranda era médico e cotista da Unimed...
Foi coerente, o nobre vereador, com o programa ideológico psolista?
Foi pragmático o nobre vereador, ao se abster e não ficar mal com os demais cooperados da Unimed, bem como seus funcionáros (possíveis eleitores)?
O Psol irá punir com vigor a miséria ideológica que afligiu o nobre vereador ou será "levemente" pragmático e nem pensar sobre o assunto?

15 janeiro, 2008

A pequena burguesia é mesmo intocável

Há algumas semanas postei o texto "No Brasil não existe pequena-burguesia" no blog Abacoros, recebi várias críticas, algumas ardidas e até me mandaram ler Foucoalt (de praxe). Outro dia resolvi postar o mesmo texto no Centro de Mídia Independente (CMI), um portal que, supostamente, publica textos livres e críticos do pensamento "anticapitalista" (é assim que eles se definem); no mesmo dia resolvi conferir se havia algum comentário quando, para a minha surpresa, deparei-me com esta mensagem:

"Esse artigo foi escondido porque estava em desacordo com a política editorial do site. Ele pode ser um artigo repetido (já publicado anteriormente), um artigo preconceituoso ou discriminatório, um ataque pessoal, propaganda comercial ou de partido político ou apenas um artigo que contraria a missão do CMI. Em caso de dúvida, contate o coletivo editorial: contato@midiaindependente.org "

No Brasil não existe pequena-burguesia

Percebi esses dias que a classe média (pequena-burguesia) no Brasil é um grupo intocável, ela simplesmente não é alvo de críticas.

Aparentemente ela não existe.

Equanto você tem opiniões diversas sobre os pobres e sobre os ricos, a classe média é o povo brasileiro. Identificamos o seu discurso quando eles se referm como o povo que paga impostos e ainda é obrigada a arcar com o convênio médico familiar e a escola do filho.

Na América Latina quando um esquerdista ou intelectual quer se referir a classe média ele usa o termo pequena-burguesia, no Brasil o termo simplesmente não é usado.

Apesar de Karl Marx se referir aos indivíduos desta classe por pequenos-burguêses, no Brasil o termo esta fora do discurso dos partidos socialistas, principalmente dos radicais.

Aqui existe o povo e a elite ou burguesia - a classe média faz parte do povo.

Eu ainda vou descobrir por que isso acontece no Brasil, se já não descobri.

Tenho ainda uma grande dúvida: Por quê no Brasil os partidos esquerdistas são tão influentes na classe média e tão insignificantes entre os trabalhadores?

Os partidos de esquerda fazem um dircurso direcionado a pequena-burguesia, mas eles não se assumem como pequena-burguesia, usam todas as palavras do vocabulário marxista, menos pequena-burguesia, é como se tivessem vergonha.

A classe média (pequena-burguesia) brasileira se formou ou se fez relevante na década de 70, ela lutou contra a ditadura militar/burguesa, infiltrou-se nos movimentos de esquerda e alçou, como diria Gramsci, a direção intelectual da sociedade.

Não ser socialista, para eles é uma coisa desconfortável por isso eles tem vergonha de ser pequenos-burgueses, até por que Marx e Lenin execravam os lideres pequeno-burgueses nos partidos socialistas.

A pequena-burguesia se define no maximo como classe média, mas classe média não é um conceito é um termo que não diz absolutamente nada. Classe média é uma coisa na Europa e outra na América, na Africa e no Islâ, pequena-burguesia é a mesma coisa em todos os lugares e é determinada historicamente.

***

O artigo repetido não é repetido,

não é um artigo preconceituoso,

nem discriminatório,

tão pouco um ataque pessoal,

Propaganda comercial?

Partido político?

Então qual é a missão do CMI?

Por quê uma crítica à classe média incomoda?

14 janeiro, 2008

Livrar a política do dinheiro


Por: Oded Grajew

A política está virando um negócio movido por dinheiro ilegal, que pavimenta o caminho da eleição e cobra retorno lesivo ao Brasil O CÂNCER da corrupção se instalou na política institucional, está avançando, ameaça se tornar uma metástase e matar o que resta de credibilidade nas instituições públicas e na democracia. O pior que pode acontecer é atribuir tal calamidade a determinado partido, governo, pessoa, razões históricas e culturais ("brasileiro é assim mesmo"). Ou ainda a questões morais, já que o que nos restaria seria oscilar entre o pessimismo e o fatalismo ("não tem jeito mesmo") ou achar que, mudando de partido, governo, pessoa ou apenas pregando valores morais, acabaríamos com a corrupção na política. Já que a corrupção é quase generalizada, precisamos tomar consciência do processo que gera tantos desmandos.
Quem tem um pouco de informação do que ocorre na política sabe que o processo danoso se chama financiamento de campanhas eleitorais. Para se eleger, é preciso arrecadar cada vez mais recursos, pois as campanhas são ainda mais caras. Quem não consegue arrecadar uma boa quantia de dinheiro tem pouca chance de se eleger. Quem investe nos candidatos quer retorno, e a maioria dos políticos passa metade do mandato tentando retribuir as doações e a outra metade tentando assegurar recursos para a próxima eleição.
O retorno se dá ou por medidas que beneficiam só os doadores ou por meio de acesso privilegiado a recursos públicos. Não conheço nenhuma empresa que goste de ver seu nome aparecer na lista oficial de doadores. Por isso, a grande maioria dos recursos de campanha (mais de 80%) tem origem em caixa dois e em outras atividades ilegais que, infelizmente, ganham cada vez mais influência na política.
Esse sistema perverso produz uma classe política em geral de baixíssima qualidade (com minoritárias e honrosas exceções), que não hesita em usar o cargo para o enriquecimento pessoal e para a formação de vultosas caixas de campanha. A política está virando um grande negócio movido majoritariamente por dinheiro ilegal, que pavimenta o caminho da eleição e cobra retorno lesivo à democracia e aos interesses sociais, econômicos e éticos do Brasil.
Não podemos nutrir nenhuma esperança de que o Congresso Nacional introduza mudanças profundas no processo político pela simples razão de que essas mudanças inviabilizarão a carreira política da maioria dos atuais políticos que chegaram ao poder graças ao sistema atual (é por isso que nunca sai do discurso uma verdadeira reforma política). Mudanças para valer serão, por exemplo:
1- cada candidato ter direito a um valor fixo e predeterminado para sua campanha, a depender do cargo pretendido (valores diferentes para cargo de vereador, deputado, senador, prefeito, governador e presidente);
2- o candidato poder optar por recursos privados ou públicos, alegando que não quer usar o dinheiro do contribuinte ou que não quer ter "rabo preso" com ninguém (é assim em alguns Estados nos Estados Unidos);
3- o candidato ter que publicar diariamente, via internet e na porta do comitê eleitoral, as suas despesas;
4- o candidato e o doador que cometerem irregularidades serem punidos de forma rigorosa. Além de permitir que pessoas de bem, mas sem recursos, possam se eleger (o que é muito difícil atualmente), esse sistema permitiria aos eleitores, durante a campanha eleitoral, saber quem financia a campanha do candidato. Também ofereceria instrumentos à sociedade, à mídia, à Justiça Eleitoral e aos adversários políticos para detectarem quando o candidato omite alguma despesa ou quando desenvolve atividades acima do limite legal dos recursos disponíveis (uso de recursos ilegais).
Com tais medidas, seria arriscado e tecnicamente muito difícil burlar a legislação. As campanhas seriam menos caras. Aos cidadãos ficaria claro a serviço de quem estão os candidatos que recebem doações privadas, e a possibilidade de usar recursos públicos para as campanhas tornará os políticos mais comprometidos com as causas públicas. Creio que chegamos ao ponto em que participar é dever cívico e ético, e omissão é cumplicidade.
Os riscos para a nossa democracia (demonstrados pela baixíssima credibilidade da classe política, segundo pesquisas de opinião) são enormes. Uma possibilidade que vejo, não apenas para protestar, mas principalmente para viabilizar propostas como essas, é uma ampla e forte mobilização da sociedade. Foi assim que mudanças profundas aconteceram no Brasil. Quanto antes, melhor!
ODED GRAJEW, 63, empresário, é presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, idealizador do Fórum Social Mundial, idealizador e ex-presidente da Fundação Abrinq e integrante do Movimento Nossa São Paulo: Outra Cidade. Foi assessor especial do presidente da República (2003).

13 janeiro, 2008

Os afetos do Zé

Por fim, o que faltou na entrevista.

Como bem mencionou o jornalista Mino Carta, em seu blog, não foi abordado o tema da profunda ligação entre Zé Dirceu e Daniel Dantas, o Orelhudo.

O capo-di-tutti-i-capi da Articulação, ou Campo Majoritário, como prefiram, não revelou, nem foi questionado, sobre sua ligação com o banqueiro.

Daniel Dantas, curiosamente, até hoje não foi julgado pelos crimes dos quais é acusado. Até agora não foi aberto o disco rígido apreendido pela Polícia Federal nos escritórios do Opportunity, há quase quatro anos. E segundo Mino Carta, uma importante figura governista disse que se abrirem o disco rígido, o País pára por dois anos.

Ainda mais curioso porque o grupo de Zé Dirceu, nas eleições internas do PT, divulgou, na surdina, a suposta ligação de Daniel Dantas com José Eduardo Cardoso, candidato da oposição à presidência do PT.

Faziam uma cara de nojo ao citar Dantas e conseguiram mudar alguns votos, dos mais incautos.

Depois, no segundo turno, os companheiros se reaproximaram, voltaram-se para os membros da "Mensagem ao Partido" com os olhos marejados, pedindo uma aliança contra a "direita" do PT, representada pelo grupo dos Tatto.

Quanto a isso, tinham razão. Os Tatto são a direita do PT. Mas a distância que separa o pessoal do Campo Majoritário deles é cada vez menor.

Assim, há duas questões em aberto.

1ª - Qual a ligação real de Zé Dirceu e do Campo Majoritário com Daniel Dantas;

2ª - O pessoal da Articulação, de uma forma geral, também morre se não tiver um hidratante?

Os desafetos do Zé

Zé Dirceu não dá nome a seus inimigos, internos ou externos. Ele lança dúvidas sobre o caráter deles.

Não ataca Dilma ou Marta, mas diz que o PT não tem candidato a sucessão e que o melhor nome seria o de Ciro Gomes.

Na verdade, indiretamente, Zé Dirceu diz o que melhor nome seria o de outro Zé, o Zé Serra. Ele é o presidente dos sonhos de Zé Dirceu, embora, em suas noites menos inspiradas ele também sonhe com o Aécio Neves.

Tarso Genro não é nem mencionado. Zé Dirceu tenta atingi-lo através de seus aliados, Raul Pont e Olívio Dutra, relembrando uma velha acusação sobre o suposto uso de dinheiro de caixa 2 na construção da sede do PT em Porto Alegre.

É um recurso bem sujo na política. Ele menciona um suposto "escândalo" de vários anos atrás, faz algumas acusações - as malas de dinheiro! -, que, depois, esclarece que não são de sua autoria, que apenas citou a imprensa da época, que era um exemplo "ilustrativo".

No caso de Heloísa Helena, Zè Dirceu é ainda mais vil. Diz que ela votou contra a cassação de Luiz Estevão por motivos impublicáveis.

Deveria ser mais claro. Heloísa Helena tinha um caso com Luiz Estevão, o conhecia no sentido bíblico. E esse conhecimento a teria feito votar contra a cassação dele. Ainda que tal afirmação seja verdadeira - e acredito que seja -, ainda assim não deveria ser usada para desmerecê-la.

Se Heloísa Helena se apaixonou por um canalha e votou contra o PT, devemos compreender, pois o coração tem razões que a própria razão desconhece.

Zé e os insultos ao Alain Delon dos pobres

Como havia mencionado em outro post, depois de ler com mais atenção a entrevista do Zé Dirceu, concedida à revista Piaui, pretendo fazer algumas observações.

O que mais chama a atenção sobre a vida privada de Zé Dirceu, é que, constantemente, em lugares públicos, ele é ofendido por pessoas que nunca viu. Safado, ladrão, pilantra, corrupto.

Esse tipo de linchamento público me parece desprezível, dirigido a quem quer que seja.

A entrevista de Daniela Pinheiro mostra, paradoxalmente, que, embora ofendido nas ruas, pelos representantes da pequena-burguesia exaltada, Zé Dirceu ainda é uma pessoa de grande trânsito nos bastidores do poder e extremamente vaidoso.

Ao que consta, Rita Lee dizia que Zé Dirceu era o dirigente de esquerda mais gostoso do país. Isso nos anos 60, quando ele também era conhecido como o Alain Delon dos pobres.

Agora, usa um creme facial cubano, a base de placenta, que é tiro e queda.

E confessa, para nosso espanto: "Eu morro louco sem um hidratante".

Podemos perdoar o abandono de questões históricas para a esquerda. Podemos fazer de conta que o caixa dois não existiu. Mas esse negócio de "morro sem hidratante", isso não é coisa de revolucionário, nem de um macho-alfa petista!

Zé, perdoamos tudo. Até agora. Mas essa história do hidratante não perdoaremos.

09 janeiro, 2008

Nunca fui estalinista, nunca

Quem disse foi o Zé Dirceu, em entrevista à Piaui de janeiro.

A revista Piaui é uma espécie de Caros Amigos da direita. Embora a direita não goste muito do Piaui.

Ainda não consegui ler a entrevista toda, mas concordo com um amigo, o Alexandre: O Zé tá louco. Louco de comer merda e rasgar dinheiro.

Quer dizer, rasgar dinheiro, acho que não. O Zé não é tão louco assim.

Eu prefiro ler a entrevista com mais cuidado, com mais vagar. Depois, faço um comentário mais conclusivo.

De qualquer forma, à primeira vista, como já disse, o Zé tá louco.

Se achava o "Alain Delon dos pobres" nos anos 60. Ou seja, a loucura não é de hoje.

Aliás, ele diz que o Hugo Chavez está louco. O que faz sentido.

Estaremos todos loucos?!?!

06 janeiro, 2008

O futuro do Brasil já chegou, será?

O texto abaixo foi extraído do The New York Times e publicado no portal Vermelho.org, é importantíssimo para refletirmos sobre o momento macroeconômico em que vivemos, muitas vezes nos entusiasmamos com o discurso econômico anti-EUA e nos esquecemos que a alternativa chinesa é capitalista da mesma forma.
***
(...) como Lula intuiu com seu pragmatismo astuto - quem mais é amigo tanto de Chávez quanto do presidente Bush? - a maré está fluindo na direção de seu país. O futuro do Brasil é agora. Há cinco motivos: terras, matérias-primas, energia, meio ambiente e a China.
(...)
Como Reid escreve: "Se a China se transformou na fábrica do mundo e a Índia o seu departamento administrativo, o Brasil é sua fazenda - e potencialmente seu centro de serviços ambientais."

A liderança do Brasil em combustíveis não-fósseis e a biodiversidade sem paralelo de sua floresta Amazônica tornam o país em um líder natural na luta do século 21 contra o aquecimento global.

Nada do que foi dito acima seria significativo se o Brasil fosse instável. Mas como grande parte do continente, ele se tornou mais previsível. A China percebeu isso e está rapidamente desenvolvendo suas relações comerciais com o Brasil e outros países latino-americanos. Os Estados Unidos também têm buscado uma série de acordos de livre comércio, com resultados desiguais.

Mas no geral o continente foi deixado com um sentimento de negligência por parte dos Estados Unidos, aprofundado pela promessa pré-11 de Setembro de Bush de um novo foco que refletiria a presença de mais de 40 milhões de latinos nos Estados Unidos. O próximo presidente deve tornar tal foco no sul uma prioridade, com o Brasil como pivô para um maior engajamento.

A transformação da América Latina nas últimas décadas foi subestimada. Ela foi política e econômica, mas também cultural. Os profundos preconceitos contra as populações indígenas, mestiças e mulatas foram confrontados e, se não vencidos, ao menos minados. Em termos históricos, este tem sido um momento de maior poder para aqueles com pele escura.

As Américas estão mudando e, apesar da retórica antiianque de Chávez, se tornando, passo a passo, mais integradas.
***
A cada dia me surpreendo mais com a mesquinhez do pensamento da elite brasileira, ela não conseguiu ver que os EUA são um a potência em decadência, e que o atrelamento da economia brasileira aos interesses de Washington só poderia ter dado no que deu - o fracasso FHC. Por outro lado, Lula desfruta de uma inabalável popularidade porque fez aquilo que os economistas tinham medo, mudou o rumo da economia, a nossa dificuldade agora é não deixar que este consenso lulista seja um limite para a esquerda. O que sustenta o crescimento chinês é a exploração de uma mão de obra muito barata, talvez, comparável com mão de obra inglesa do século XIX. Estamos melhor do lado da China mas ela não é um exemplo a ser seguido.
O PT não é um partido. É um arquipélago de ilhas em conflito.


Luis Nassif, comentando o conteúdo da entrevista do ex-todo-poderoso Zé Dirceu à revista Piaui.

Marina Silva pode salvar o mundo

A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, foi citada neste sábado em uma lista preparada pelo jornal britânico The Guardian com “as 50 pessoas que podem ajudar a salvar o planeta”.

Segundo o jornal, a lista, preparada por um painel de especialistas, identifica os 50 homens e mulheres com o poder de nos salvar de nós mesmos.

No texto dedicado a Marina Silva, o jornal destaca sua história como “filha de um seringueiro brasileiro, passando sua infância coletando látex da floresta amazônica e protestando contra a destruição provocada pelos madeireiros ilegais”.

“Em uma das grandes histórias políticas, ela passou de analfabeta aos 16 anos à mais jovem senadora do Brasil e agora é a mulher mais capaz de prevenir a total ruína da Amazônia”, diz o texto.

O jornal comenta que, sob sua gestão no ministério, o desmatamento na Amazônia caiu 75%, e vastas áreas de floresta foram destinados a comunidades indígenas.

A ministra é a única latino-americana da lista, que traz ainda nomes como os do ex-vice-presidente americano Al Gore, da primeira-ministra alemã, Angela Merkel, do geneticista americano Craig Venter, do prefeito de Londres, Ken Livingstone, e até mesmo do ator norte-americano Leonardo DiCaprio.

A foto da ministra é uma das três escolhidas para ilustrar a chamada para a lista na capa do jornal, ao lado de Leonardo DiCaprio e da ambientalista Wangari Maathai, ex-ministra-assistente do Meio Ambiente do Quênia e Nobel da Paz de 2004.

fonte: BBC

05 janeiro, 2008

As posições sexuais de Edir Macedo

Recebi o texto abaixo por e-mail de uma amiga ontem:
Retirado do livro 'Castigo Divino' do bispo Edir Macedo
Posição de quatro: É uma das posições mais humilhantes para a mulher, pois ela fica prostrada como um animal enquanto seu parceiro ajoelhado a penetra. Animais são seres que não possuem espírito, então o homem que faz o cachorrinho com sua parceira fica com sua alma amaldiçoada e fétida.
Sexo Oral: O prazer de levar um órgão sexual a boca é condenado pelas leis divinas. A boca foi feita para falar e ingerir alimentos e a língua para apreciar os sabores. A mulher engolindo o sêmen não vai ter filhos. E o homem somente sentirá dores musculares na língua ao sugar a vagina de sua parceira.
Sexo Anal: O ânus é sujo, fétido e possui em suas paredes milhões de bactérias. É o esgoto propriamente dito. No esgoto só existem ratos, baratas e mendigos. A pessoa que sodomia ou é sodomizada ela se iguala a um rato pestilento. Seu espírito permanece imundo e amaldiçoado. Mas o pior é quando o ato é homossexual, pois o passaporte dessa infeliz criatura já está carimbado nos confins do inferno.

Posição Recomendada: O homem e a mulher devem lavar suas partes com 1 litro de água correntemisturado com uma colher de vinagre e outra de sal grosso. Após isso, a mulher deve abrir as pernas e esperar o membro enrijecido do seu parceiro para iniciar a penetração. O homem após penetrar amulher, não deve encostar seu peito nos seios dela, pois a fêmea deve estar orando ao Senhor para que seu óvulo esteja sadio ao encontrar o espermatozóide.
Depois do ato sexual, Os dois devem orar, pedindo perdão pelo prazer proibido do orgasmo. Como penitência.... O açoite com vara de bambu é aceito em forma de purificação.
Conclusão I: OU NOS VEREMOS TODOS NO INFERNO OU VAI FALTAR BAMBU NO MUNDO!!!
Conclusão II: SE ALGUÉM PRECISAR DE BAMBU, LÁ EM CASA TEM MAS EU NÃO USO.
Conclusão III: SAL GROSSO E VINAGRE ? VAI TRANSAR OU VAI FAZER CHURRASCO?

01 janeiro, 2008

Operação Emanuel

A ação internacional para obter a libertação dos três reféns, foi chamada de "operação Emanuel" pelo presidente Venezuelano, Hugo Chaves, numa alusão ao garoto Emanuel, com apenas três anos de idade.

Emanuel nasceu há três anos enquanto sua mãe, Clara Rojas, era mantida em cativeiro e, desde então, tem sido criado pelos rebeldes que o consideram parte de sua organização, segundo depoimentos de pessoas que conheceram a criança, referindo-se a este caso sem precedentes na Colômbia.

Fruto de uma relação consentida entre a ex-candidata à vice-presidência com um guerrilheiro, Emmanuel nasceu em um acampamento das Farc em condições extremas, de acordo com o jornalista Jorge Enrique Botero, que revelou a novidade em abril de 2006, descrevendo o parto como um "milagre".

"Tudo o que aconteceu para que o menino nascesse ultrapassou os limites", contou o jornalista em um livro com base em uma conversa com o número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Raúl Reyes.

O fundador das Farc, Manuel Marulanda (conhecido como 'Tirofijo'), considerava que Emmanuel também pertencia a seu grupo. "Esta criança é metade nossa e metade deles".

Em julho passado, foi divulgado o depoimento do soldado William Domínguez, também refém. Segundo o militar, o menino "tem muitos brinquedos que os guerrilheiros fazem e ele gosta de brincar com os brinquedos".

"Tive a oportunidade de estar em duas marchas com elas (Rojas e Betancourt). Quando a mãe se cansa de carregar o menino, um guerrilheiro o pega no colo", relatou.

Agora, o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, divulgou que Emanuel não está mais em poder das FARC.

Segundo o presidente colombiano, o menino teria sido entregue ao Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar (ICBF). Uribe disse que há na instituição um menino de três anos e seis meses com características semelhantes às de Emmanuel.

De acordo com Uribe, um suposto tio da criança tentou retirá-la do instituto nesta segunda-feira.

O presidente da Venezuela, que desde o fim de sua mediação no acordo humanitário com as Farc rompeu relações com Uribe, reagiu às afirmações e disse ter “suficientes razões para duvidar dessas hipóteses”.

“Uribe foi muito vivo. Com esta cortina de fumaça pretende dinamitar a operação (de resgate)”.

fontes: AFP e BBC

Feliz ano novo...

Não quero parecer pessimista, mas 2008 promete.

Segundo divulgado pela BBC, pelo menos 30 pessoas, a maioria crianças, teriam sido queimadas vivas nesta terça-feira dentro de uma igreja na cidade de Eldoret, no oeste do Quênia.

Um funcionário da igreja disse à BBC que corpos de 25 crianças estariam no hospital local e que muitas outras foram socorridas com queimaduras graves.

Segundo fontes da polícia e da Cruz Vermelha, cerca de 200 pessoas haviam procurado refúgio na igreja depois que a violência eclodiu no país, em decorrência das eleições presidenciais da quinta-feira passada.

Na Colombia, falhou a tentativa de resgate de três reféns, que estão em poder das FARC. A ação contava com apoio internacional, inclusive do Brasil, na figura do assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) afirmaram que operações realizadas pelo Exército colombiano impedem a entrega dos três reféns que o grupo prometeu libertar.

“As intensas operações realizadas na zona (em que os reféns seriam entregues) nos impedem entregar, como era nosso desejo, os reféns. Insistir seria arriscar a vida das pessoas e dos guerrilheiros”, disse o grupo em um comunicado lido pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, por telefone, no canal de televisão estatal da Venezuela.

O presidente da Colombia, Alvaro Uribe, negou que seu governo tenha intensificado operações militares na zona em que os seqüestrados seriam libertados e prometeu um cessar-fogo no momento em que os helicópteros de resgate levantarem vôo.